Diante de um quadro desafiador que muitos tiveram de enfrentar devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, como encontrar saída? Para evitar fechamento de empresas e desemprego, medidas tiveram que ser adotadas, tanto pelos empresários quanto pelo poder público. Nesse contexto, as ações de governo têm sido fundamentais.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento) liberou mais de R$ 125,8 milhões em empréstimos para micro e pequenas empresas, além de microempreendedores individuais (MEI), com 3.488 contratos operacionalizados. Foi preciso agilizar o processo, com dispensa das certidões negativas de débitos tributários, simplificação do cadastro e oferta de garantias.
A maior facilidade de acesso a financiamentos, com renegociação de débitos quando necessário, tem permitido manter negócios em funcionamento e também favorecido planos de inovação e expansão, na perspectiva de plena retomada à medida que segue a vacinação contra a Covid-19. Vale lembrar que microempreendedores e pequenas empresas são responsáveis por cerca de 70% dos empregos formais gerados no País.
Em Goiás, veio se somar às medidas adotadas logo no início da pandemia, para amenizar impactos, o Programa Estadual de Apoio ao Empreendedor (Peame), com juros pagos pelo Governo do Estado. Os números confirmam sua relevância: já foram aprovados mais de R$ 32 milhões para empreendedores em todo o Estado desde o lançamento, em março deste ano.
Trata-se de um dos maiores aportes do País para o segmento, com oferta total de R$ 112 milhões, sem juros, como ressaltou o governador Ronaldo Caiado.
Por meio do Peame, empreendedores também encontram um canal para sanar inadimplências provocadas pela crise. De março a maio últimos, foram registradas 811 solicitações para renegociar dívidas junto à Agência de Fomento. São evidências de que, apesar das adversidades, os empreendedores persistem e levam adiante projetos, contando, para isso, com respaldo do governo estadual.
Outro indicador positivo é o de abertura de 2.774 empresas em Goiás em abril deste ano, o maior número para o mês desde 2017, segundo relatório estatístico da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg). Desde janeiro, foram 11.490 empresas abertas em Goiás neste ano, acima do alcançado no mesmo período nos últimos cinco anos.
Não há como ignorar as mudanças drásticas no que vem sendo chamado de “novo normal”, que nos obrigam a rápidas adaptações. Os indicadores sobre empreendedorismo confirmam que mesmo na adversidade é possível ter bons resultados. E ajudam a entender recente pesquisa do Datafolha, que indica que, apesar das crises sanitária, política e econômica, a maior parte dos brasileiros diz ter esperança. Segundo o instituto, 90% dos entrevistados afirmaram esperança no futuro melhor.
Acreditar é o primeiro passo para realizar, assumindo responsabilidade pelo que queremos alcançar.
Rivael Aguiar é presidente da GoiásFomento